[Paulínia]
Internações em decorrência da Covid-19 crescem no hospital municipal
Boletim epidemiológico do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus deste domingo revela que são 5 casos suspeitos e 1 confirmado
10 mai 2020 – 19h12

Onúmero de internações em decorrência da Covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, cresceu no Hospital Municipal de Paulínia “Vereador Antônio Orlando Navarro”. Segundo o boletim epidemiológico diário do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus, até as 15h30 deste domingo (10), seis pacientes ocupavam leitos destinados à pandemia.
De acordo com o comitê de enfrentamento, dos seis pacientes internados no hospital municipal por causa do novo coronavírus, cinco estão com suspeitas de contaminação: um na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quatro na Enfermaria Respiratória. Há um caso já confirmado da Covid-19 na Unidade Respiratória. No sábado (9), o total de leitos ocupados com doença era cinco.
O boletim epidemiológico deste domingo se manteve igual ao de sábado quanto a mortes confirmadas (1), óbitos suspeitos (1), curados (23), casos descartados (173), notificações suspeitas (145), moradores infectados (42) e testes rápidos aplicados (49). A Prefeitura de Paulínia comprou 20 mil deles.
Na medida que sobe o total de infectados e de internações, Paulínia experimenta uma queda na adesão à quarentena. Neste sábado (9), a cidade atingiu a segunda menor taxa de isolamento social já verificada para este dia da semana: 50%, de acordo com o monitoramento do governo estadual. O nível mais baixo desde o início da quarentena para um sábado foi registrado no dia 8 de abril: 49%.
Quando a quarentena teve início no estado, dia 24 de março, a taxa nos finais de semana e feriados em Paulínia chegou a atingir 63%, valor máximo alcançado no dia 29 de março. Aos sábados, o índice ficava entre 52 e 59%. Em dias úteis, o patamar de isolamento social não supera mais 50% no município.
O governo paulista considerava satisfatória uma taxa acima de 50%, mas, com o avanço da doença pelo estado, o mínimo considerado satisfatório nos últimos dias passou a ser 55%. A taxa ideal é acima de 70%, o que ajudaria a diminuir a propagação da doença e impedir um colapso no sistema de saúde.
Desde sábado, as Prefeituras das 20 cidades que compõem a Região Metropolitana de Campinas (RMC) não divulgam mortes em decorrência do novo coronavírus. O bloco regional tem 65 óbitos confirmados pela doença. Novos casos da Covid-19 surgiram neste domingo em Sumaré (+4) e Hortolândia (+5). Itatiba voltou a notificar uma morte suspeita.
Neste domingo, o estado de São Paulo registra 3.709 mortes pelo novo coronavírus, com 101 desde sábado. Há também 45.444 casos confirmados em todo o estado. Das 645 cidades de SP, 412 têm pelo menos um caso confirmado da Covid-19, e um ou mais óbitos ocorreram em 177 municípios. Cerca de 300 internações ocorreram nas últimas 24 horas.
Conforme o governo estadual, são mais de 9,8 mil pacientes internados em SP, neste domingo, sendo 3.909 em UTI e 5.938 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento a Covid-19 é de 67,9% no estado de São Paulo e 83,3% na Grande São Paulo.
Entre as vítimas fatais, estão 2.174 homens e 1.535 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 73,1% das mortes. Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (495 do total), seguida pelas faixas de 40 a 49 (276), 30 a 39 (158), 20 a 29 (34) e 10 a 19 (9), e três com menos de 10 anos.
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (58,7% dos óbitos), diabetes mellitus (43,8%), doença neurológica (11,3%), doença renal (11%) e pneumopatia (10,1%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e hepática.
O Brasil chegou a 11.123 mortes pela Covid-19 neste domingo. Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados no início da noite, são 162.699 casos confirmados, sendo 6.760 registrados nas últimas 24 horas. O número de mortes registrado no mesmo período foi de 496.
Ainda segundo o ministério, 64.957 pessoas se recuperaram e 1.892 mortes estão em investigação. São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no País, concentrando o maior número de mortes (3.709). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (1.714), Ceará (1.114), Pernambuco (1.047) e Amazonas (1.004).
São Paulo também lidera em número de casos, com 45.444 confirmações, seguido pelo Rio de Janeiro, com 17.062 casos. Ceará, com 16,6 mil, Pernambuco, com 13,2 mil, e Amazonas, com 12,5 mil, são os estados com mais de 10 mil casos registrados.
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