[Avanço]
Mortes pela Covid-19 crescem 21 vezes no Interior, Litoral e Grande SP
Paulínia tem um óbito confirmado pela doença, um em investigação e 14 pacientes com exames positivos para o novo coronavírus
23 abr 2020 – 19h09

Onúmero de mortes pelo novo coronavírus cresceu 21 vezes no Interior, Litoral e Grande São Paulo. O estado de São Paulo registra, nesta quinta-feira (23), 1.345 mortes pela pandemia da Covid-19. Desse total, 433 mortes ocorreram nessas regiões, fora da Capital paulista. Paulínia tem um óbito confirmado, um em investigação e 14 pacientes com exames positivos para o novo coronavírus.
No dia 1º de abril, eram apenas 20 mortes fora da cidade de São Paulo. Embora a Capital paulista ainda concentre a maior parte dos óbitos, essa porcentagem caiu de 87% para 67% neste mês.
Depois da Grande São Paulo, a região com maior mortalidade é a do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Campinas, com 45 óbitos. Na sequência, a Baixada Santista, com 31. Em Bauru, são 18. Ribeirão Preto e Sorocaba têm 16 óbitos cada. No Vale do Paraíba, são 13. Em São José do Rio Preto, 11. Há dez ou menos mortes em Presidente Prudente (10); Piracicaba (9); Araraquara (6); Registro (5); Marília (4); Barretos (2), São João da Boa Vista (1) e Araçatuba (1). Apenas a região de Franca segue sem mortes pela doença.
Após confirmar a primeira morte pela Covid-19 em Paulínia na quarta-feira, o boletim epidemiológico desta quinta do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao Coronavírus, com dados até as 15h30, não trouxe novidades em relação ao número de infectados (segue 14); à ocupação hospitalar (um suspeito na UTI do Hospital Municipal “Vereador Antônio Orlando Navarro”); aos curados (sete); à morte confirmada (uma); e ao óbito em investigação (um).
Nem mesmo após anunciar a aplicação de testes rápidos em profissionais da Saúde, da Segurança Pública e naqueles que estão na linha de frente do combate à pandemia, esse número subiu no boletim epidemiológico – segue 16, desde a última segunda-feira (20). De acordo com o secretário municipal de Saúde, Fábio Luiz Alves, mais 2,5 mil dos 20 mil comprados
A taxa de isolamento social na cidade caiu para 47% nesta quarta-feira, 11 pontos percentuais abaixo de terça-feira e 23 do índice preconizado pela Secretaria da Saúde do Estado (70%) como ideal para segurar a velocidade da disseminação da Covid-19. “Fui eleito para proteger a vida da população, por mais que as decisões possam parecer duras, impopulares e incompreendidas”, disse o prefeito Du Cazellato (PSDB) um dia depois de estender a quarentena na cidade até o próximo dia 10 de maio. Nenhuma ação foi anunciada para elevar a adesão dos paulinenses ao isolamento social.
Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) o número de mortes pela Covid-19 aumentou de 27 para 28 nesta quinta-feira. Vinhedo divulgou o primeiro óbito na cidade provocado pelo novo coronavírus: um homem de 72 anos, que não tinha comorbidades. Novos casos da doença também voltaram a pipocar na RMC, como em Campinas (+27), Holambra (+1), Valinhos (+2) e Santo Antônio de Posse (+1).
Em todo o estado de São Paulo, houve aumento de 211 óbitos nas últimas 24 horas. Esse é o maior número já confirmado nesse intervalo de tempo, sendo mais de oito vítimas da doença por hora, desde quarta-feira. Entre as vítimas fatais, estão 789 homens e 556 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76,5% das mortes.
Nesta quinta-feira, são 114 cidades com pelo menos uma vítima fatal da Covid-19. São Paulo tem ainda 16.740 casos confirmados da doença, distribuídos em 256 municípios. A taxa de ocupação dos leitos para atendimentos Covid em UTI no estado de São Paulo está em 55,3%. Na Grande São Paulo, a taxa está em 74%.
O Brasil teve 407 novas mortes nas últimas 24 horas em razão da pandemia do novo coronavírus, o maior número neste período desde o início da contagem. No total, o País soma 3.313 óbitos, 49.492 mil casos confirmados da doença e 26.573 pacientes recuperados. Ainda de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde, 19.606 casos estão em acompanhamento.
As novas mortes marcaram um aumento de 14% em relação à quarta-feira quando foram registrados 2.906 falecimentos. O percentual de acréscimo foi mais do que o dobro do divulgado quarta em relação à terça-feira, de 6%. Já a quantidade de pessoas infectadas teve uma elevação de 8,2% em relação à quarta-feira, quando foram contabilizados 45.757 pacientes nessa condição.
O estado de São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no País, concentrando o maior número de falecimentos (1.345). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (530), Pernambuco (312), Ceará (266) e Amazonas (234).
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