[Provisório]
Petroleiros da Replan suspendem greve e voltam ao trabalho após 20 dias
Trabalhadores decidem retomar seus postos nesta sexta-feira na Refinaria de Paulínia, a maior da Petrobras no Brasil, apesar de impasse
21 fev 2020 – 17h

Os petroleiros da Refinaria de Paulínia (Replan) voltaram ao trabalho nesta sexta-feira (21) após 20 dias de greve. A maior unidade da Petrobras no Brasil, foi a última a atender a indicação da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para que os sindicatos suspendessem temporariamente a paralisação nacional.
A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira, mesmo após impasse criado com a assembleia realizada na sede do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP), às 17h desta quinta, em Campinas. Na ocasião os petroleiros decidiram reivindicar a retomada da tabela de turno, mas a Replan, na manhã deste sexta, não aceitou negociar esse ponto.
Além do retorno da tabela, os petroleiros também ressaltaram em documento entregue à estatal a importância da garantia da segurança. Durante os 20 dias de greve a Refinaria de Paulínia funcionou com um grupo de contingência. Com a negativa dada pela estatal, na manhã desta sexta-feira, houve nova assembleia dos trabalhadores que decidiram mesmo assim retornar ao trabalho.
O primeiro grupo de petroleiros entrou na refinaria por volta das 11h. O segundo estava previsto para começar sua jornada às 15h30. O Sindipetro Unificado-SP reafirmou o caráter temporário da suspensão. A continuidade ou fim da greve dependerá dos resultados de uma reunião da Replan com os petroleiros em Paulínia e de outra entre a FUP e a direção da Petrobras, mediada pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra, em Brasília (DF). Ambas previstas para ocorrerem nesta sexta-feira.
De acordo com o diretor do Sindipetro Unificado-SP, Jorge Nascimento, é necessário manter um caráter permanente de assembleia neste momento. “Estamos apenas suspendendo a greve, mas não encerrando. Isso dependerá da disponibilidade da empresa em avançar com as nossas pautas de reivindicações. Por isso, é necessário mantermos um caráter permanente de assembleias e diálogo”, afirmou.
A greve nacional dos petroleiros teve início no último dia 1º de fevereiro, ocorreu em 10 estados, com a adesão de 7 mil funcionários de refinarias por todo o País. Entre as reivindicações estão a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que devem afetar pelo menos mil famílias, conforme a FUP, e a negociação para cumprimento de Acordo Coletivo de Trabalho. O fechamento da fábrica foi anunciado em janeiro deste ano.
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