[Falência]
Mansão avaliada em R$ 78 milhões pertencente a ex-banqueiro vai a leilão
Lance mínimo é de R$ 10 milhões; imóvel na região do Morumbi, na Capital, tem 34 banheiros, elevadores e vista para o Jockey Club de São Paulo
16 fev 2020 5h30

Amansão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, do extinto Banco Santos, que decretou falência em 2005, segue em leilão até esta terça-feira (18). O valor estimado do imóvel é de R$ 78 milhões e o lance mínimo, R$ 10 milhões. Ofertas devem ser feitas em ambiente virtual até as 15h do dia 18. O leilão foi decretado pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O imóvel, construído entre 2000 e 2004 na região do Morumbi, na Capital paulista, foi projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake e decorado pelo norte-americano Peter Marino. Possui pé direito de nove metros, galerias de arte, bibliotecas, heliponto, duas piscinas (sendo uma coberta), adega para 5 mil garrafas de vinho, 34 banheiros e elevadores, tudo numa área construída de aproximadamente 8 mil metros quadrados, com vista para o Jockey Club de São Paulo.
Há alguns meses a mansão havia sido arrematada por R$ 9 milhões em leilão, mas, após o término período de lances, houve uma oferta de R$ 10 milhões, o que indicou possibilidade de maximização do valor do ativo. O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJ-SP, então, determinou novo leilão. “O objetivo da falência é satisfazer os credores, realizando as alienações com o maior proveito possível, e a quantia de R$ 9 milhões está muito abaixo do que se esperava para o imóvel em questão”, afirmou, nos autos, o magistrado.
Poderão participar do leilão pessoas maiores de 18 anos, inscritas no Cadastro Nacional de Pessoa Física e/ou Jurídica (CPF/CNPJ), após efetuarem o cadastramento e habilitação no site do leilão (https://www.d1lance.com/lote/morumbi-sao-paulo-sp-falencia/1399/).
O montante arrecadado em outros leilões relativos ao processo do ex-banqueiro, do extinto Banco Santos, tanto de imóveis quanto de obras de arte e bens diversos, passou dos R$ 180 milhões, sendo R$ 125,6 mi no Exterior – a obra de arte Hannibal, de Jean-Michel Basquiat, conseguiu, sozinha, R$ 46,3 milhões –, e outros R$ 60 milhões no Brasil.
Ao longo do processo já foram pagos aos credores cerca de R$ 1,7 bilhão e atualmente está em curso o pagamento do 5º rateio aos credores quirografários (sem preferência na ordem de recebimento), totalizando R$ 306 milhões – o que equivale a 53,73% do total devido –, estando os demais credores totalmente pagos ou com valores reservados.
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